sábado, 12 de dezembro de 2009

M...


Disseram, em algumas matérias, que o rapaz estaria parecido com Ronaldinho Gaúcho. Parece-me mais próximo de João Mineiro e/ou Marciano (não sou capaz de distinguir um do outro) e, ademais, ficou uma beleza, ou uma merda*, depende do gosto.

Mas a vida continua, com mullets e com galhos de Arruda para, num lance de sorte, alguém puxar e, enfim, sair da merda ou nela afundar.

*Merda era termo comum, até usual na TV, nas novelas - eu acho - mas, nessa semana, foi alçada ao status de palavrão porque o Presidente a utilizou. Que merda, hein?
. .

Insípida, Inodora e Incolor

Ao ver a chamada, não pude deixar de lembrar do dia em que foi proposta degustação de um desses: era local de trabalho e o produto, claro, estava sendo apresentado com orgulho aos funcionários da área administrativa da Companhia.

Moças bonitas não ofuscavam, nas retinas dos degustantes, a imagem do limão no rótulo. Suas vozes, em discurso treinado, diziam ser "água saborizada". Hein? Sim, segundo elas, a insipidez deixava de existir a partir do líquido daquela garrafinha.

Copos descartáveis, cheiro artificial de limão, sorrisos pra todo lado e, em meio a todos se olhando após o bendito gole, o arremate:

- "Porra, isso é Sprite sem gás!"

A moça, meio sem jeito e, talvez concordando, sem poder rir da careta que acabara de ver, insistiu no pedido pelo segundo gole e quase nada mudou:

- "É, tem pouco gás. Sprite é melhor mesmo e isso não é água."

Hoje, anos depois, leio que a tal bebida "pegou" e tenho que admitir que a consumo. Ela me serve para diluir Campari ou Vodca, abolir as rodelas de limão, diminuir a quantidade de gelo no copo, realçar sabor e, principalmente, para visitar outra área do supermercado, claramente segregada das águas e dos refrigerantes.
.
.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Haja Grecin


As imagens são de uma campanha do Greenpeace e Tck Tck Tck. Nela, são atribuídas falas, no ano de 2020, a líderes mundiais do momento.

Eu já acho bom que o Lula escape do fim do mundo em 2012, afinal, é um sinal de que a chance existe.

Já o pessoal das tinturas - se a previsão do visual estiver certa - vai brigar muito para ter um novo garoto-propaganda. Não, não acho que rótulo de Velho Barreiro estaria fora de cogitação.

Quanto a Obama, quem agradece pelos papéis são Danny Glover e Morgan Freeman... se bem que tem umas nuances de Denzel Washington, viu?
.
.

Quem é Morto e Aparece

Por muitos anos, quem fez imagens dele tinha que distorcer para mostrar matérias. Fotos? Nunca havia visto. Enfim, o nome Lombardi virou ícone de "sei que existe, mas nunca vi". Só eu tenho umas doze primas que namoraram algum "Lombardi".

Hoje, o homem morre, as fotos surgem, devem aparecer vídeos, fica a lembrança da voz, a marca na retaguarda do Silvio Santos e, por fim, algo novo: quem é vivo, nem sempre aparece.

Na imagem acima, um destaque tão tolo quanto o ímpeto de quem nele clica: "Silvio Santos encomenda coroa". Seria uma carpideira? Outro coroa de voz metálica? Não, não quero crer que seja a óbvia homenagem fúnebre. Não vou acompanhar no twitter para constatar quem será o primeiro a dizer que Lombardi, ao chegar no lugar onde está, teria entoado "Silvio Santos vem aí!".
.
.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Está Tarde

Sim, está tarde, mas também é cedo.
Ainda é tempo, nunca é sem tempo.
Infelizmente, temos cedo e tarde:
Um para dizer que venha,
Outro para pedir que fique.
Um para aconchegar, sorrir;
Outro para sair daqui.

Meu cedo, teu tarde, nosso tempo.
Tempo de menos, espera demais.
Relógio, ponteiros, pilhas, o sol.
A lua, as estrelas, os copos, os corpos.
Cedo ou tarde? Sei lá, nem ligo.
Sono ou preguiça, abraço... o tempo?
Cedo para mim, tarde para nós.

Nós, laços, linhas, fitas, almofadas.
Cedo para tecer, tarde para... para quê?
Letras, palavras e eles, os números:
De um a doze, de zero a sessenta.
Relógios de novo?! Areia da praia.
É cedo ou tarde? Não sei.
Sei que dá tempo, eu acho que dá.

Excelência, lógica, parágrafo.
Fonte, linha, coluna. Tempo de novo?
Tempo, horas, segundos, frações:
Quebradas medidas, quebrados controles.
Será que ainda vai dar, Tempo?
Silêncio! É cedo, mas está tarde.
Está tarde, mas ainda é hora.

Calendários de nove a dez, de doze a um.
Relógio na gaveta, na penumbra.
Face que mostra, tez que denuncia.
Tempo da lua, noites e dias...
Mas sei que há tempo, ainda é tempo.
Depende. Dos olhos que brilham,
Da dor , da alegria.

É... está mesmo tarde.
Mais longe do cedo ou perto do fim?
Mais perto da lua, fugindo do sol.
Menos, mais, cedo, tarde,
Quem foi, vai, viu ou veio.
Dia menino, noite senhora, tempo senhor.
Nunca, sempre, assim para sempre.
.
.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Amarga Sensação

Emoções não são perfeitamente descritas com palavras. Para conhecer uma sensação, você precisa tê-la consigo e, mesmo assim, nunca terá a certeza de que, nos outros, ela é exatamente igual. Isso acontece porque somos diferentes, temos histórias diferentes e, portanto, sensações similares produzem resultados distintos.

Sacou? Sim, deve ter sacado, mesmo que discorde, entendeu meu pensamento. Eu tentei me expressar usando as palavras, as letras, da forma que me ensinaram e, claro, numa estrutura que você possa ler, decifrar, enfim, compreender.

A seguir, um quadro que me traz uma das piores sensações que conheço: a de ser analfabeto.


E não servem os "translators", viu? Mesmo traduzindo depois, eles não apagam a sensação de reconhecer letras, números, perceber palavras e, definitivamente, nada entender.

Como será que se diz "que porra é essa?" em alemão, hein?

Obrigado, mãe, por ter insistido quando, em vez de ir à escola, eu queria ficar em casa contigo.

PS.: Não, eu nunca tive qualquer desejo de aprender alemão. Nesse caso, a esperança não venceu o medo, nem se seguiu de arrependimento.
.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

RSRSRSRS







É quase certo que o "RS" na chamada do portal represente o riso do estagiário, pois a Praia da Pipa fica no RN e, convenhamos, não parece ser tão perfeito para Natal em família.

Sim, talvez exista a Praia do Pipa no Rio Grande do Sul, com atrações menos agitadas, mas até o link leva ao litoral potiguar.

Vida que segue, sempre rindo, viu?
.
.

Insulto no Parlamento










Obviamente, não foi no Brasil, pois o "insulto" foi chamar de gorducho ou algo que o valha. O fato deu-se no Canadá.

Por aqui, chamar de gordo é até elogio, pois desvia atenção dos atos para a forma física.

Finalmente, pra variar, a "ofensa" foi feita pelo twitter. Aliás, está cada dia mais próximo o momento em que serei o único a não usá-lo.
.
.

Buddypoke Advisor


E, assim, Stella, literalmente, cai na real.
.
.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pedra Perdida?!







Fatalidade? Destino traçado? Não adianta, só cabe uma expressão: puta que pariu!

Há crenças que se abalam diante de fatos assim, sinistros, inusitados, trágicos e absurdos, mas o desconforto permanece. Onde vamos parar? Agora tem que ter fé que não venha do céu uma pedra de 25Kg? Tem-se que rezar para que as balas e pedras perdidas não achem pessoas?

A matéria fala na possibilidade de terem arremessado a pedra a fim de forçar a parada do ônibus, para que assaltassem. Isso só potencializa a "filadaputice" de quem lançou o "meteoro" que atingiu uma senhora que, do trabalho, retornava ao lar.

E, assim, seguimos, sem trancos, com barrancos.
.
.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Palavras de Quinta APÓS Quinta

A porra do apagão aparece após a pobre apupada aperceber aparição na Playboy. A poeira apaziguou-se. A população, apesar dos apelos, aplaude apedeutas.

Apimentar aparente apressa apresentadores daplatinada” em apoiar apontamentos ápodes da apática, apelativa e aporrinhada plêiade da oposição: aprendizado em apuros e a Presidência do apocopista aprecia.

Apito aperreado apieda-se pela peleja palestrina pela ponta e apruma apostas na Paulicéia : porco na primeira posição.

Ah, Papai Noel apressa-se a presentear aposentados com "up-grade" na parca pensão. A Previdência apequena-se apavorada ao pensar na pauta.

.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Vi, Cliquei e...

... por algumas horas, não sou ambicioso (não gosto nem da palavra) e, por um dia, não sou muito firme no que desejo! Ficarei com o grande coração, mas não acho que a porra do mundo é cor de rosa! O povo da cesariana com data marcada deve ler isso todo dia. Seria a primeira interferência paterna na formação do caráter dos filhos? Acho que a primeira já vem no DNA e a principal estará nos exemplos.

Bom mesmo é viver como Stefanny do CrossFox que, perguntada se era de áries, respondeu: "não, sou do Piauí!"
.
.

Não Vem Ninguém!

É normal que seja polêmico, assim como é normal que os pais se preocupem com a educação dos filhos na escola, com seus hábitos, com sua formação, suas influências e tendências, desde que não atrapalhem.

Anormal mesmo é imaginar que, há algum tempo - para algumas mentes, até hoje - no nosso Brasil, o cartaz não seria como o mostrado na matéria.

Não tenho dúvida de que a imagem escolhida para tratar de masturbação seria uma mão aberta, cheia de pelos e calejada, em frente a um rosto cheio de espinhas e com aspecto infeliz.

Mesmo assim, com ou sem curso, com ou sem orientação, a rua ensina, a vida ensina, o próprio corpo ensina, hoje temos internet e nem é tão necessário ter o cuidado para não colar páginas das revistas. Basta o cuidado com as interferências...

... daqui não vem ninguém, dali não vem também, se eu faço isso, num é da conta de ninguém.

Sim, por aqui, naquele tempo (dia desses, na verdade), já se falava na sina da colher de pedreiro e no temeroso prenúncio de queijo na cabeça. Essas eram as linhas editoriais do famigerado "curso" intensivo, com bibliografia pautada nas fotonovelas eróticas e, eventualmente, uma Playboy de Luma, Magda, Cátia, Monique, Maria da Graça, Luiza, Sônia e nenhuma mulher-fruta. Ligando o chuveiro sem se molhar e aproveitando o tempo de dormência da mão.
.
.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Olha o Recuo

É... parece que somente meus olhos e ouvidos não gostam dessa expressão... mas não volto atrás recuo. É estranho como subir pra cima, sair pra fora ou entrar pra dentro, mas é possível usar corretamente:

Aquele piloto, ao sair dos boxes, sempre volta atrás dos concorrentes.
(Não, não é o Rubinho, pois não tenho grana para indenizá-lo. Sim, eu recuei.)
.
.

Para Que Serve Apagão

Antes de tudo, usar o termo "apagão" serve para relembrar o governo de FHC, sem saudade, a não ser pelo fato pitoresco de trocar a novela das oito, na TV "comunitária" da sala, pelo individual rádio a pilha;

Serve também para lembrar que, naquela mesma época, minha paciência era bem maior que hoje, pois tenho menor predisposição a suportar novelas;

E, claro, com base na redução da saudosa paciência, tomara que o tal "novo apagão" sirva para silenciar o assunto da universitária apupada em São Paulo.

Puta que o pariu, que negócio chato, viu? Deixa a moça mostrar o que quiser, porra!


PS1.: Não estava lá nem tive paciência de ler e ver tudo a respeito, mas percebo que falta algo na história... acho que ela não recebeu vaias da rapazeada em vão: deve ter se esquivado quando os mais atirados quiseram tocar ou se exaltaram nos "galanteios" típicos de obra civil, assustando a moça;

PS2.: Tomara que logo apareça outro assunto, pois o apagão já encheu o saco também.

.
.

Ignorância Não É Burrice

Neste caso, pela forma de escrever, o primeiro impulso é chamar o rapaz de burro, por não saber como grafar palavras corretamente.

A seguir, ele demonstra que tem coerência e repete um erro de grafia, o que demonstra que ele é ignorante, ou seja, ignora a forma correta de juntar as letras e formar a palavra, apesar de perceber que há padrão para as formas verbais. Assim, ele não é burro!


Eu mesmo colhi essa conversa num chat, acompanhando jogo de futebol num website e, claro, esse tipo de erro é muito comum. Na verdade, o que me intriga é imaginar qual a reação daquelas pessoas quando se deparam com alguém que escreve corretamente... devem pensar assim: "que burro!"
.
.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Triiiiimmmm








Ressalte-se que, segundo a notícia, o anúncio se deu após uma reunião (inconclusiva) sobre a banda larga e o benefício será destinado aos já contemplados pelo Bolsa Família. A proposta já foi aceita por operadoras que, claro, vão levar vantagem.

Aos demais, convém esperar por uma reunião sobre redução de preço da assinatura residencial, pois dali, talvez, surja um anúncio sobre a banda larga.

Se escreveram certo, não sei, mas sei que as linhas sempre são tortas.

Agora, não custa esperar que, em nome da globalização e da inclusão, as operadoras venham a oferecer mais um real de crédito se a criança levar o celular pra escola e ligar pra mãe avisando que a "fessora" faltou ou que não há merenda.
.
.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Nossa Língua









Nem todos terão a mesma impressão, mas a minha, ao ler a manchete, foi de que os traficantes só foram presos POR trocar carreta roubada pela droga, insinuando que tudo estaria bem se ficassem só no furto. Parece ser mais aceitável que tenham sido flagrados AO fazer a tal troca, mas também não foi isso que aconteceu. São a língua, a manchete, a ação dos bandidos e a policial numa verdadeira salada.
.
.

Sexta Sexy













Serão mais de trinta mil pessoas para ver quem vai se foder danar nesta noite de sexta-feira.

Torcer contra não é nada bom, pois desgasta e, convenhamos, é em vão. Assim, torço a favor, a favor da justiça e, portanto, nem é preciso ver o jogo, basta esperar. Cedo ou tarde, ela chega... na consciência limpa ou na falta dela, na paixão ou no desprezo, nos embates filosóficos ou nas inócuas discussões sobre futebol, a vida continua.
.
.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Não Me Diga! - Eureka [011]

E ainda se ousa dizer que estudo não serve para nada, que é só um canudo ou quadro na parede, que os patrocinadores direcionam pesquisas, que poderiam estudar coisas mais importantes, que há desperdício de talentos e blá, blá, blá ...


... buáááááááá (em sânscrito).
.
.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Bola, Mala e Grana









O primeiro elemento é, obviamente, do futebol. O segundo, eventualmente, também é e, claro, o terceiro tem sido cada vez mais presente. Seja nos contratos milionários, seja no atraso de salários, seja no preço dos ingressos para ver os jogos, o dinheiro, a grana lá estão.

Mesmo assim, estando tão acostumados ao trânsito de vultosas quantias de dinheiro quando o assunto é futebol, certas práticas seguem nos moldes antigos. Sabe quando você fazia a lição de casa e, em troca, como recompensa, recebia algo dos pais? Como em diversos outros pontos, há divergências sobre esse procedimento, pois há quem defenda que essa recompensa é descabida, pois já é papel do estudante, do aluno, fazer a tal lição.

Bem, no futebol, inventou-se, antigamente, o termo "mala preta", que servia para denotar o pagamento obscuro por algum resultado que se pretendia obter. Algo como um terceiro pagar para que certo jogo tenha resultado que lhe agrade. Mais recentemente, surgiu o termo "mala branca", com o mesmo fim mas, como a cor sugere, esse seria do "bem", seria o inverso da preta. Seria branca a mala que levasse dinheiro para pedir que alguém vença e, claro, a preta traria a recompensa a quem fosse derrotado.

Na verdade, pouco importa a cor da mala, pois a questão está no caráter:
- Se o time é uma porcaria, está em frangalhos, alguém lhe enviaria dinheiro para vencer um adversário claramente superior? Isso adiantaria?
- Se o homem é digno, honrado e profissional, alguém lhe ofereceria dinheiro para "facilitar as coisas" em determinado jogo?

A discussão é ampla, reveladora e, ao que parece, sem fim mas, a propósito disso, toda opinião deve ser respeitada. No mínimo, fica uma certeza: o pagador, por mais sujo que seja, não será estúpido ao ponto de contratar um jogador que, um dia, sequer cogite aceite a uma proposta de "mala", qualquer que seja sua cor. Isto seria, com o devido ajuste, o mesmo que casar com infiel e, de pronto, lhe cobrar fidelidade. Odair José, entre muitos outros, está aí para dizer que é possível, mesmo não sendo recomendável.

Alguns teriam dito que a "mala branca" é legal e a "mala preta" não é. Da mesma forma, já foi dito que aceitar favor em troca de voto pode, mas não pode vender. Também já foi dito que traição só se consuma na cama e beijar pode. Enfim, são muitas mentes, muitas índoles, muitos interesses e, vendo tudo, muitos tolos a torcer, xingar e até brigar por times de futebol e suas paixões.

Sim, sou um dos tolos, mas estou aprendendo e, um dia, chego lá, de mala e cuia, sem volta, num lugar bem distante da grama, das redes, da bola e do apito. Também não recebia recompensa por fazer as lições da escola, mas as recebo hoje, pelo que aprendi, pelos erros cometidos, pelos caminhos mal trilhados, pelas escolhas que fiz, afinal, tudo tem um preço que a vida cobra, mas nem tudo está à venda.
.
.

Então, Tá Bom









Enquanto isso, o moço que fez gol de mão ainda sorri. Ressalte-se que isso não é um lamento, é um alerta de que certas ações passam incólumes aos olhos de quem só vê o que quer.

Assim, também, é a vida.

Eu Voltei








Para começar novembro, mês de final de campeonato de futebol, época em que os jogos de "vida ou morte" pipocam, nada seria mais alvissareiro: um morto que ressurge.

Assim, a reboque da fé, vem a esperança e, a despeito dos fatos, vem as previsões benevolentes.

E ela, a vida, continua.
.
.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Leozinho Prateado

Palavras de Quinta com Sexta

Daiane no doping, Zina sem zelo, Lula na lida, Micheletti no meio, Dilma no dorso, Ciro no circo, Serra no sonho, FHC no fim, Pânico em primeiro, Fantástico em falência, Gol na garagem, Palmeiras na ponta, São Paulo em segundo, Governo com gastos, Gilmar na garganta, Obina com orgulho, Adriano na área, Maísa na mídia, Polícia na praça, Avião na Amazônia, Venezuela sem veto, geladeira no ganho e aluna sob apupos.


Valeu a Intenção

SEJA EDUCADO NO TRÂNSITO COMO VOCÊ É NA SUA VIDA!

Isso não é coisa que se peça na terra do jeitinho, mas valeu a intenção, pois serviu para entender melhor o que acontece:

- O mesmo fela que fura a fila estaciona na faixa de pedestres;

- O mesmo imbecil que grita embaixo da sua janela fica buzinando com sinal fechado;

- O mesmo "cidadão" que quer entrar no elevador antes dos outros saírem toma sua vaga enquanto você manobra;

- O mesmo energúmeno que esbarra em você no corredor nunca abre espaço para ambulâncias;

- O mesmo idiota que te deixa esperando numa reunião vira à esquerda sem usar as setas,

- O mesmo babaca que se irrita com tudo isso vê a propaganda na TV e vem escrever aqui.

Quero evoluir, mas me dizem produto do meio. Refugo, mas sou.

Por enquanto, na Terra da Luz, no País do Futuro ou na Cock's House, a vida continua.
.
.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eureka [010]














Estudos são sempre importantes, mesmo logaritmos e mitocôndrias, nitratos e orações subordinadas predicativas têm seu valor, mesmo que não saibamos qual é. Diante disto, devemos louvar o trabalho de quem se dedica à Ciência, ao seu uso, mesmo que não saibamos para quê.

Nos quadros acima, temos a indicação de que, recebendo flores, uma mulher pode se tomar de compaixão por anos a fio. Ocorre que, mesmo buscando, não foi encontrado o estudo que prova que mulheres não tem olfato apurado, a não ser que o cheiro seja de cerveja, perfume de outra mulher ou suor na camisa do futebol.

Assim, a leitura deixa de ser recomendada, mas os estudos persistirão até que outros os superem, ou que se acabem as ilusões olfativas, carnais, visuais, auditivas, enfim, todas, de que o futebol com amigos, duas cervejas depois dele e eventuais abraços numa perfumada prima distante nada representam diante do amor que une um casal.

Haja compaixão, à la Nietzsche!
.
.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Futebol de Segunda - Antiácido

Era fim de agosto e, como previsto, o que foi dito era passageiro. As previsões recomendavam 48 pontos.

Hoje, faltam 7 rodadas para o fim do campeonato. São, portanto, 21 pontos em disputa. No caso do Fluminense, atualmente com 27 , ainda dá para alcançar os tais 48 na tabela - marca que, até hoje, apenas seis times já atingiram.

Caso se confirme o rebaixamento, restará aproveitar as promoções:


Jacaré em Granja

Calma, calma, não pense ainda que foi o estagiário sem supervisão. Também não suponha que o local das aves fora invadido pelo réptil.

Granja é o nome de um município do Ceará, o IBAMA vai resolver a parada e o pescador vai voltar a fisgar peixes, ainda sem mentir.

Viu? Tudo se resolve com um pouco mais de leitura e curiosidade.

Arte e Vida : Quem Imita Quem?

O mundo gira para que, sempre, haja um dia após o outro. A arte, por sua vez, imita a vida que, para seguir, imita a arte e, assim, vivemos: como artistas. Vivemos como equilibristas, palhaços, atores, mágicos, nobres ou bobos da mesma corte.

Não querem automedicação e me deixam comprar remédio sem receita. Querem que eu evolua e exaltam novelas. Ousam se propor a entrar na minha casa "noticiando" amor entre famosos e me dizem apolítico. Manipulam o noticiário e dizem me querer "bem informado". Fazem as merdas de caso pensado e acham que basta se desculpar. É... não desistem nunca!

Melhor voltar no tempo, para fazer do tempo mais meu, mais perto, mais longe, mas meu.



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Nunca na História Desse País...



... foi tão fácil entender uma manchete e sua associação a uma foto:

De fato, tem que juntar as mãozinhas e rezar apressado, para evitar dizer que Judas, para se aliar, exigiria cargos, muitas moedas e, possivelmente, ao se tornar ferrenho defensor arrependido, pediria impeachment de Pilatos.

Scariotes seria líder convertido, respeitado na Judéia, Galiléia, Prosopopéia e Onomatopéia, pois todos teriam esquecido a traição. Aliás, nunca teria havido traição, a "entrega" seria mero detalhe circunstancial, já que a política é dinâmica.

Para 2010, se tiverem tempo na TV, partidários de "Ju" seriam cortejados, prontos para agilizar o caixa dois e, em nome da nação, se unirem a quem quer que seja, numa relação explícita de aproximação em torno de programa partidário, ideologia e fé comuns.

Isso tudo é fábula e, claro, não se inspira no Apocalipse, mas a manchete está mesmo.

As urnas eletrônicas evitarão que se vote no Judas. Tirando do povo a chance de malhar, na praça, um boneco com imunidade. Mesmo assim, com outros nomes, ele sempre estará lá.

Por isso, para isso e com isso, nada custa lembrar:

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Qual a Mais Fuleira?







Sinceramente, não sei se é mais fuleira a manchete, a intenção, a convocação ou a própria natureza dessas CPIs.

Páreo duro!

Sim, eu também sou um fuleiro (palavra com sentido amplo, de aplicação vasta e, muitas vezes, dúbia), mas aí é demais: convocam o Ministro da Justiça para falar sobre ações da Força Nacional de Segurança e fazem uma manchete dessas?

Depois, ainda vem gente dizer que palavrão é feio, descabido, deselegante, vulgar, chulo, desnecessário... que compareçam, portanto, ao recinto do baixo meretrício frequentado pela respectiva genitora, cuja atividade consiste em, mediante remuneração, atender a clientes que buscam êxtase lascivo pela mera prática de coito, felação ou correlatos.
.
.

A Voz do Povo [002]

"A esperança é a última que morre."

O verde é a cor das matas, da bile e da esperança. Alguma sábia voz já disse que a esperança é a última que morre e, de fato, se antes dela se forem a coragem, a fé, os sonhos e desejos, é melhor morrer mesmo. A esperança existe, mas não é tola para ficar sozinha, sem ânimo, sem objetivos, enfim, sem razão para existir.

As matas podem ser replantadas, a bile renovada e, claro, a esperança pode rejuvenescer. No entanto, só ela não resolve problemas, não aponta caminhos, não ilumina cavernas. Se a esperança sucumbir, tudo já estará perdido, sem retorno, sem remédio, sem sabor.

Não deixe que a esperança morra, mantenha sua capacidade de sonhar, seu ímpeto para realizar e sua sabedoria para, diante de um fracasso, recomeçar, sempre. Se couber, guarde também uma generosa porção de paciência, para os momentos certos, sem desperdício, pois ela garantirá que, ao final, terá valido a pena.

E... claro, a vida continua.
.
.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nem Dólar, Nem Dolo









De fato, sempre achei o nobre Senador meio "fora de tempo", seja na fala, seja no hábito de se deixar levar pelo que certos "amigos" sugerem nos programas de humor. E ele, sempre solícito, parecia esquecer de onde estava, parecia não perceber os risos.

Mesmo assim, do cartão vermelho à cueca vermelha, ele mesmo parece achar que, dessa vez, foi além. Conseguiu impedir a veiculação das imagens do Pânico na TV, mas não se sabe se vai mudar diante das próximas investidas nipo-sensuais.

Ainda que não fique bem vestir a cueca por cima da calça e desfilar nas dependências do parlamento, bem pior é estar por trás de quem, vestindo a cueca da forma como convém, levava dólares como e a quem não convém. E esse não era o pai do Supla, pois ele é gente boa demais para se meter em imbróglios despudorados e, por ser assim, não se opõe a dar entrevistas aos humorísticos da TV, aliás, até brinca junto com eles.

Esse é nosso país... do decoro ao escândalo, do deboche ao espetáculo, do dever ao equívoco e, como sempre, a vida haverá de continuar.

Só lembrando...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Num intindi o qui ele falô...


Cumpra-se:

Complexo e Polêmico









Não os conheço, tampouco domino o tema, mas tenho percepção:

Certamente, a mulher o fez como medida extrema, talvez após várias tentativas. Sendo auxiliar de limpeza, provavelmente ela não pode pagar por uma babá para o filho. Sendo auxiliar de limpeza, ela talvez desconheça a abrangência de muitas leis, mas ela deve saber que se deixar o garoto na rua, à mercê de traficantes e do aliciamento ao crime, não seria bom.

Nessas condições, vagando pelas ruas, a única proteção ao garoto seria o "estatuto", que lhe daria boas doses de impunidade, caso tendesse à quebra de regras, ou seja, ele não seria preso. Já sua mãe, num ato de aparente prevenção, foi parar na cadeia e não lhe serviu o "estatuto". Que complexo! Bem mais complexo que essas poucas linhas, num discurso superficial de quem, na verdade, apenas não entende certas condutas. Condutas das mães perversas, dos filhos desnorteados, dos pais esculachados, das famílias sem base, sem topo e sem perspectivas.

É... ter filhos não é fácil, criá-los é difícil, viver é difícil. Porra! Nada é fácil.

Vida boa é a alheia, ou não, e todas seguem.
.
.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

É Nada!!







Perigoso mesmo deve ser infarto durante o sexo: olhos em rodopio, expressões estranhas na face e o desfalecer no êxtase. Ao final, tombar sem retorno.

Se quiser ler sobre o o perigo do "sexo infartado", está aqui.

Já sobre o "outro perigo", um fato dos mais pitorescos: o cara passou mal dentro do puteiro e foi levado para morrer na calçada. Leia aqui.

Mas o melhor é não ler nada e cuidar do coração, para fazer sexo sem medo... sem medo de alguém chegar, partir ou deixar lembranças, saudades, mágoas, flores, chifres, dinheiro, bilhete, marca de batom ou de unha. Eita! A esperança vai vencer o medo e a vida, como sempre, segue.
.
.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Blusinha Neles



















Bom, considerando que, pelo menos, um encomendou a faixa, um produziu, outro autorizou e, ao final, outros dois a fixaram no alambrado, é gente demais, é merecido:

Mais um para o rol das blusinhas, junto com aquele outro.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eureka [009]







Pegaram o ácido desoxirribonucléico de duzentas pessoas e deu nisso.

Dentre os 80 ou 90%, estão muitos que desconhecem a capital do Acre, que arriscam incluir Honduras na Ásia e, na mesma toada, reclamam que europeus e norte-americanos são incapazes de localizar o Brasil num mapa.

Triste mesmo é constatar que muitas pessoas dedicaram seus esforços para chegar a esse resultado.

O percentual europeu veio com uma carga considerável da banda podre do Velho Mundo? Teria trazido às mentes o legado dos hábitos pouco higiênicos da era medieval?

C'est la vie! That's the point.
.

Nossa Língua

Que ela é difícil, não se contesta. Que ela própria se faz difícil, muitos já dizem. Nada mais se poderia esperar de uma origem lusitana seguida de uma convivência à brasileira...










... nossa língua portuguesa!

Obviamente, no contexto, está tudo muito bem dito, compreensível. No entanto, em meio a tantos entraves de interpretação de texto ou mesmo de deficiência na leitura básica do nosso povo - e isso não exclui os usuários da web - até se pode imaginar as ilustrações nas mentes:

- Vento e granizo, num passe de mágica, viram barco, ou seja, se transformam numa embarcação;
- Desconsiderando a vírgula, com menos boa vontade, também se pode imaginar que as casas passaram a flutuar sobre as águas;
- Vento e granizo, em mais uma de suas facetas, viram barco, ou melhor, avistam o barco com seus olhos atentos;

Aos mais desatentos, "viram barco" pode se converter em "virão barco" e, assim, seguimos, navegamos, colidimos e naufragamos.

Para que facilitar, não é?

ATUALIZAÇÃO bastante pertinente: dez minutos depois de começar a escrever, retornando à mesma página, vejo que o vento sumiu e veio um sujeito indeterminado - estagiário, talvez - para "observar" as naus!


.
.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Palavras de Quinta, Em Verso

Zelaya, que foi deposto,
Chegou na nossa Embaixada,
Presidente, como sempre,
Disse não saber de nada.

O golpista, todo prosa,
Cortou água, energia.
Até nossa Embaixada
Foi alvo da tirania.

O Brasil é soberano
E, por isso, respeitado.
Pena que não há respeito
Pois é golpe de Estado.

Golpe que fique por lá
Que em breve, tenha fim,
Que não passe de Honduras,
Diz o Celso Amorim.

No Brasil, mais uma fraude:
"Hackearam" o ENEM.
Já que há fraude de voto,
Que se burle o que faz bem.

É muita safadeza:
Roubar e vender a prova.
Já que ficam sempre impunes,
Logo, logo: fraude nova.

E agora, nova onda:
Olimpíada no Brasil!
Mais um monte de dinheiro
Pelo ralo e pelo Rio.

Atletismo está em voga,
Não nas pistas, nas pipetas!
Sem medalhas, com urina:
Os dopados e a sarjeta.

Pelo menos para tiro,
Temos previsão melhor:
Se for bala em bandido,
É ouro para o Major.

Se durar, eu encho o blog
E promovo um escarcéu.
Esculhambo tudo e todos,
Rimo e monto um cordel.

A propósito das rimas,
Eleição no ano que vem!
A depender do meu voto,
Para lá, volta ninguém!

... É O Meu Guri ...












Segundo a matéria, eles queriam R$500 mil ?! Porque são assim, hein?

Isto é mais uma furada de fila, mais um troco errado não devolvido, mais um retorno proibido para cortar caminho, mais um ato secreto ou um lobby escancarado - isto é levar vantagem.

Mais importante do que a revelação é a falta de espanto, é a serenidade diante do fato, é a banalização da trapaça, é a política do "sou, mas quem não é?". Enfim, é uma merda! É o tal país do futuro mergulhado numa consciência de que ser honesto é ser otário. Que futuro seria esse?

Precisamos de mais umas 15 gerações para reverter isso e, claro, é impossível, por tanto tempo, segurar o ímpeto de tantos "espertinhos", cujo pensamento é de que o mundo lhes pertence, cuja consciência tem preço, cujos atos costumam ficar impunes e cuja existência se baseia em passar alguém para trás. É um rolo compressor, um jogo de toma-lá-dá-cá (nem sei como se escreve isso).

Mesmo assim, o mais preocupante, repito, não é o fato, é a continuidade deste expediente e, com ela, a erosão dos poucos princípios que ainda norteiam pessoas de bem. Não que todos tendam a se tornar usuários do "jeitinho", mas as pessoas de bem, as que se enojam - salvo as que tem força para lutar - definham, morrem um pouco, junto com a esperança num país melhor.
.
.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Rasga!


















A foto foi feita por José Leomar, do Diário do Nordeste, jornal da capital cearense.

O fotografado é o Deputado Estadual Lula Morais, do PCdoB.

A indignação decorreu do suposto deboche em matéria sobre a cidade de Sobral, também no Ceará.

Pela etiqueta visível na capa, supõe-se que seja exemplar de assinante. Quero ver o resultado dos inúmeros contatos na tentativa de cancelar a assinatura.

Será que Deputado consegue de primeira? Se bem que nem se sabe se ele vai cancelar, não é? Também não se sabe se é ele mesmo quem paga por ela, se é verba de gabinete, sei lá ... bem, de uma coisa, eu sei: não li, nem lerei.

A propósito disso:

Dicas Inúteis













Olha as dicas para redação!

Porém, antes de clicar e conferir, invista um tempo em outras dicas, do tipo inúteis, de alguém que, tolamente, ainda se incomoda com "pouca coisa":

-VOCÊ não se escreve com cedilha, porra! E já te ensinaram isso, te fizeram Doutor do ABC porque você, supostamente, sabia que ca-ce-ci-co-cu não era ca-que-qui-co-cu. Portanto, se a vogal depois do "c" for um "e" ou um "i", não tem "aquela cobrinha" embaixo do "c";

-MAS é diferente de MAIS e pronto. E nem se deve comentar que uma dessas palavras é - com licença - conjunção, viu? Você vai escrever "mais" quando bem entender, mas o problema será só seu, pois alguém já te avisou e, além do mais, ninguém mais se importa com isso;

-AUSCULTAR e ESCUTAR existem! Mesmo assim, não vale inventar e escrever ESCULTAR. Até na televisão já ensinaram isso. Lembre-se do programa chamado Fala Que Eu te Escuto.

Detalhe ainda mais irrelevante: escreve a porcaria do "r" quando for mencionar um verbo no infinitivo, afinal de contas, ausculta e escuta são diferentes de auscultar e escutar. Se você não vê diferença ou "não lembra" o que é verbo no infinitivo, volta pro Google.
.
.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Voz do Povo [001]

"Se Deus quiser, vai dar certo."

Essa frase é lida e escutada, diariamente, inúmeras vezes e, na maioria delas, é dita por hábito, sem pensar, sem perceber o alcance dela.

Nossa sociedade, aliás, forma mestres nesse campo - somos muitos papagaios replicantes das frases feitas. Os tais mestres estão dos dois lados: os que criam e os que passam a usar as expressões.

A de hoje tem uma característica especial, que é o caráter divino, o dom na onipotência usado em vão. No elevado nível do exagero, a frase entra no contexto do futebol, da novela das oito, da pesquisa eleitoral, na loteria ou da liquidação nas lojas de eletrodomésticos. A bem da verdade, Deus está mesmo em tudo, tudo pode, tudo vê, de tudo sabe, mas exagero assim é demais.

Mesmo sem seguir os preceitos de religião, beirando o ateísmo ou sussurrando ser agnóstico, ninguém está isento às tolices, às distorções do fanatismo ou à cegueira de quem, por tudo, culpa Deus. Isso não mudará, mas fica mais fácil se pensar um pouco:

Deus sempre quer, portanto, faça a sua parte e, claro, sua parte não é ficar esperando pela vontade dele, é buscar a afirmação do seu próprio desejo. Basta lembrar que Deus está nos dois times, no autor da novela e no editor do telejornal, no candidato corrupto e no falastrão, nos outros milhões de apostadores, no dono da loja, no economista, no camelô e no mendigo.
.
.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Palavras de Quinta na Terça

Adiadas de quinta pra hoje, esperando sumir a referência à gripe suína e deu certo: mais palavras, com quadro.

Bastou Abbas aceitar encontro com Netanyahu, Obama mencionar acordo climático com ares de aprovação para mudar o quadro.

Hoje é dia sem carro, sem Corinthians no Brasileirão, sem alta do dólar ou fortes variações na Bovespa, ou seja, só coisa boa. Será?

Eleições se aproximam em Honduras e Zelaya apareceu na embaixada brasileira para esperar o florescer da primavera.

Lula vai discursar na ONU, deve mencionar o pré-sal, esquecer o FMI e a filiação de Romário, rumo à imunidade que não livrou Hildebrando Pascoal, julgado como a Renault.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Futebol Voleibol de Segunda



Na primeira mão*, a cortada pra pontuar. Na segunda foto**, a visão de quem diz que percebeu uma cabeçada. Na terceira imagem*, a mão que tenta esconder o riso de quem não percebe o que é respeito.

O gol que foi validado por uma pessoa, que alegrou algumas pessoas, que indignou muitas pessoas e revoltou outras tantas aconteceu sábado, num jogo de futebol, mas acontece todos os dias diante de nossos olhos. Aquele gol do Paraná Clube, contra o Ceará Sporting Club é uma saudação ao troco errado não devolvido, à fila que se fura, ao ato secreto ou ao retorno proibido para cortar caminho.

Afinal de contas, o mundo é dos espertos, não é? Fodam-se os que de nada tiram vantagem! Que se danem os que vierem depois! Honestidade é pra otário! Eu quero é me dar bem! Essas são algumas das diversas frases que adornam o mundo em que vivemos: o mundo competitivo e desonesto. Boa sorte, sempre.
.
*Imagem do Diário do Nordeste **Imagem de O Povo

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Les Amants













Filme antigo com novos protagonistas e mesmo enredo: o que esperavam do PMDB?

O maior partido do Brasil é, também, o mais "flexível" e, a cada eleição, o mais previsível, pois sempre se põe ao lado do poder.

Numa analogia entre essa política e costumes antigos, o PMDB não seria uma moça pra casar. Ele é a mulher interesseira, a amante problemática (alguma não é?), é a moçoila que rouba namorado das amigas e nem se ressente disso.

Obviamente, com esse perfil, também há quem goste e gosto, como sabemos, não se discute.

Será? Gosto se discute, sim, assim como religião, futebol e vida alheia... o que não pode é contrariar, pois ser do contra é ser "xiita" ou metido a certinho. Nesse Brasil, quase tudo pode.

O que não pode?! Não pode parar, pois a vida continua e, um dia - quem sabe? - algo mude.

Aproveitando ensejo: