terça-feira, 6 de julho de 2010

O Melhor da Copa

Já me perguntei por que o Brasil para em dia de ver jogo da seleção na Copa do Mundo. Nunca entenderei e, pelo benefício em forma de "feriado", isso não vai acabar.

Nunca me perguntei por que motivo Dunga peitou a Globo. Diz-se que, de fora, a opinião é mais abalizada, pois a visão do contexto é mais ampla. Não concordo mas, de vez em quando, até opino, mesmo sabendo que os bastidores nublados só permitem especular.

O melhor da Copa foi isso, foi não ver um único microfone e a famigerada "marca da exclusividade" em entrevistas. Nada é tão humilhante. O privilégio descabido é humilhante, assim como a submissão.

Ao final da Copa - o que ocorre com a eliminação do Brasil - vi repórter traçar paralelo entre as demais competições e a Copa do Mundo, os simulados e os vestibulares. Não esquecerei do que ouvi: o que vale é ganhar a Copa, o resto é nada, é zero. Ele não dirá o mesmo às vésperas da Copa América, Copa das Confederações ou outra competição que "não vale nada" e a emissora que o emprega tanto exalta, se assim for conveniente, como tem sido. Ressalte-se que concordo com ele quanto às competições que nada valem, embora eu opte por incluir também o torneio da FIFA no mesmo rol.

Vou abusar e repetir: não serve de nada para mudar o país, mas é de extrema utilidade para medir o grau de manipulação a que o povo brasileiro é submetido. Conversar com diferentes pessoas e ouvir as mesmas coisas, apenas ecoando as bobagens ditas na transmissão platinada é pior do que resultado de pesquisa eleitoral: tem fundo de verdade, mas é verdade sem fundo.
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