sábado, 12 de dezembro de 2009

M...


Disseram, em algumas matérias, que o rapaz estaria parecido com Ronaldinho Gaúcho. Parece-me mais próximo de João Mineiro e/ou Marciano (não sou capaz de distinguir um do outro) e, ademais, ficou uma beleza, ou uma merda*, depende do gosto.

Mas a vida continua, com mullets e com galhos de Arruda para, num lance de sorte, alguém puxar e, enfim, sair da merda ou nela afundar.

*Merda era termo comum, até usual na TV, nas novelas - eu acho - mas, nessa semana, foi alçada ao status de palavrão porque o Presidente a utilizou. Que merda, hein?
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Insípida, Inodora e Incolor

Ao ver a chamada, não pude deixar de lembrar do dia em que foi proposta degustação de um desses: era local de trabalho e o produto, claro, estava sendo apresentado com orgulho aos funcionários da área administrativa da Companhia.

Moças bonitas não ofuscavam, nas retinas dos degustantes, a imagem do limão no rótulo. Suas vozes, em discurso treinado, diziam ser "água saborizada". Hein? Sim, segundo elas, a insipidez deixava de existir a partir do líquido daquela garrafinha.

Copos descartáveis, cheiro artificial de limão, sorrisos pra todo lado e, em meio a todos se olhando após o bendito gole, o arremate:

- "Porra, isso é Sprite sem gás!"

A moça, meio sem jeito e, talvez concordando, sem poder rir da careta que acabara de ver, insistiu no pedido pelo segundo gole e quase nada mudou:

- "É, tem pouco gás. Sprite é melhor mesmo e isso não é água."

Hoje, anos depois, leio que a tal bebida "pegou" e tenho que admitir que a consumo. Ela me serve para diluir Campari ou Vodca, abolir as rodelas de limão, diminuir a quantidade de gelo no copo, realçar sabor e, principalmente, para visitar outra área do supermercado, claramente segregada das águas e dos refrigerantes.
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Haja Grecin


As imagens são de uma campanha do Greenpeace e Tck Tck Tck. Nela, são atribuídas falas, no ano de 2020, a líderes mundiais do momento.

Eu já acho bom que o Lula escape do fim do mundo em 2012, afinal, é um sinal de que a chance existe.

Já o pessoal das tinturas - se a previsão do visual estiver certa - vai brigar muito para ter um novo garoto-propaganda. Não, não acho que rótulo de Velho Barreiro estaria fora de cogitação.

Quanto a Obama, quem agradece pelos papéis são Danny Glover e Morgan Freeman... se bem que tem umas nuances de Denzel Washington, viu?
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Quem é Morto e Aparece

Por muitos anos, quem fez imagens dele tinha que distorcer para mostrar matérias. Fotos? Nunca havia visto. Enfim, o nome Lombardi virou ícone de "sei que existe, mas nunca vi". Só eu tenho umas doze primas que namoraram algum "Lombardi".

Hoje, o homem morre, as fotos surgem, devem aparecer vídeos, fica a lembrança da voz, a marca na retaguarda do Silvio Santos e, por fim, algo novo: quem é vivo, nem sempre aparece.

Na imagem acima, um destaque tão tolo quanto o ímpeto de quem nele clica: "Silvio Santos encomenda coroa". Seria uma carpideira? Outro coroa de voz metálica? Não, não quero crer que seja a óbvia homenagem fúnebre. Não vou acompanhar no twitter para constatar quem será o primeiro a dizer que Lombardi, ao chegar no lugar onde está, teria entoado "Silvio Santos vem aí!".
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Está Tarde

Sim, está tarde, mas também é cedo.
Ainda é tempo, nunca é sem tempo.
Infelizmente, temos cedo e tarde:
Um para dizer que venha,
Outro para pedir que fique.
Um para aconchegar, sorrir;
Outro para sair daqui.

Meu cedo, teu tarde, nosso tempo.
Tempo de menos, espera demais.
Relógio, ponteiros, pilhas, o sol.
A lua, as estrelas, os copos, os corpos.
Cedo ou tarde? Sei lá, nem ligo.
Sono ou preguiça, abraço... o tempo?
Cedo para mim, tarde para nós.

Nós, laços, linhas, fitas, almofadas.
Cedo para tecer, tarde para... para quê?
Letras, palavras e eles, os números:
De um a doze, de zero a sessenta.
Relógios de novo?! Areia da praia.
É cedo ou tarde? Não sei.
Sei que dá tempo, eu acho que dá.

Excelência, lógica, parágrafo.
Fonte, linha, coluna. Tempo de novo?
Tempo, horas, segundos, frações:
Quebradas medidas, quebrados controles.
Será que ainda vai dar, Tempo?
Silêncio! É cedo, mas está tarde.
Está tarde, mas ainda é hora.

Calendários de nove a dez, de doze a um.
Relógio na gaveta, na penumbra.
Face que mostra, tez que denuncia.
Tempo da lua, noites e dias...
Mas sei que há tempo, ainda é tempo.
Depende. Dos olhos que brilham,
Da dor , da alegria.

É... está mesmo tarde.
Mais longe do cedo ou perto do fim?
Mais perto da lua, fugindo do sol.
Menos, mais, cedo, tarde,
Quem foi, vai, viu ou veio.
Dia menino, noite senhora, tempo senhor.
Nunca, sempre, assim para sempre.
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