quinta-feira, 6 de maio de 2010

Lá Vou Eu

Há um tempo, já ouvi do próprio candidato algo desse tipo: "Eu sou menos votado na Capital porque o povo é mais politizado, mais instruído que no Interior". A vantagem disso é a cara de pau que, com bons olhos, toma ares de sinceridade.

Nessa semana, o mote é "Vamos votar pelo máximo aumento dos aposentados, pois é ano eleitoral". É triste! Já se disse que, no Brasil, não há terrorismo porque para fazer isso tem que ter coragem. Não é apologia ao terror, é simples constatação da falta de garra, de convicções nobres a quem representa o povo. Representa e o faz bem, pois é oportunista (esse predicado só é positivo para centroavante), frouxo (por aqui se diz que isso é ser político) e o merecimento é mútuo.

E lá vou eu, mais uma vez, para uma eleição sem denodo, sem tesão, disposto a mera formalidade, votar em alguém para que um outro não se eleja, votar nulo porque as opções se equivalem por baixo, votar por sugestão de um amigo que conhece o candidato, cutucar a urna ligeiro para voltar ao lar e, finalmente, fazer algo bom: tomar cerveja.

Uma contribuição das mais pífias, mas estou aprendendo a ser cara de pau.
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